Madas & Hades

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6° Passo

6° Passo

6. Aprenda a não se envolver em jogos.

O que significa?

     O conceito de jogos, quando se aplica ao diálogo entre duas pessoas, vem de um tipo de psicoterapia conhecida como análise transacional. Os jogos são formas estruturadas de interação, empregadas para se evitar a intimidade. Todo mundo, por vezes, recorre a jogos em suas interações, mas, em relacionamentos doentios, os jogos são em maior quantidade. São formas estereotipadas de se reagir, que servem para frustrar qualquer troca verdadeira de informação e de sentimentos, e que permitem aos participantes colocarem a responsabilidade pelo bem-estar ou angústia nas mãos um do outro. Comumente, os papéis desempenhados por mulheres que amam demais e por seus parceiros são variações das posições de resgatador, perseguidor e vítima. Cada parceiro desempenha um desses papéis, muitas vezes numa troca típica. Designaremos o papel de resgatador de (R), e o definiremos como "o que tenta ajudar"; o papel de perseguidor de (P), e o definiremos como "o que tenta culpar"; e o papel de vítima de (V), definido como "o que é inocente e desamparado". A seguinte situação ilustrará o funcionamento desse jogo: Tom, que sempre chega tarde em casa, acaba de entrar no quar-to. São llh30 da noite e sua esposa, Mary, começa a se lamentar:

Mary (chorosa): (V) Onde você esteve? Eu estava muito preocupada. Não consegui dormir, estava com muito medo de que tivesse ocorrido um acidente. Você sabe como eu me preocupo. Como pôde me deixar aqui, assim, e nem ao menos me telefonar para eu saber que ainda estava vivo?

 

Tom (apaziguando):(R) Ah, querida, sinto muito. Pensei que já estivesse dormindo e não quis acordá-la com o telefone. Não fique chateada. Estou em casa e da próxima vez prometo que ligarei. Tão logo me apronte para deitar, esfregarei suas costas e você se sentirá melhor.

Mary (zangando-se): (P) Não quero que me toque! Você diz que me ligará da próxima vez! É uma piada. A última vez que isso aconteceu você disse que ligaria, e ligou? Não! Você não se importa se fico aqui pensando em você morto na estrada. Você nunca pensa em ninguém, então não sabe o que é se preocupar com alguém que se ama

Tom (desamparado): (V) Querida, não é verdade. Eu pensei em você. Não queria te acordar. Não sabia que se perturbaria. Estava apenas tentando ser atencioso. Parece que, não importa o que eu faça, estou sempre errado. E se eu ligasse e você estivesse dormindo? Então, seria um idiota por te acordar. Não acerto uma.

Mary (arrependendo-se): (R) Não, não é verdade. Apenas você é muito importante para mim; quero saber que está bem, e não estirado em algum lugar. Não estou tentando fazer você se sentir mal; só quero que compreenda que me preocupo com você porque te amo muito. Desculpe eu ter me zangado tanto.

Tom (tirando vantagem): (P) Bem, se você se preocupa tanto, por que não fica feliz em me ver quando chego em casa? Por que despeja em mim toda essa lamúria sobre onde eu estava? Não confia em mim? Estou ficando cansado de o tempo todo ter que explicar tudo para você. Se confiasse em mim, teria ido dormir, e, quando eu chegasse, estaria feliz em me ver, em vez de vir para cima de mim! Às vezes penso que você simplesmente gosta de brigar.

Mary (erguendo a voz): (P) Feliz em te ver! Depois de ficar duas horas aqui, tentando imaginar onde você estava? Se não confio em você é porque nunca fez nada para ajudar a criar essa confiança. Você não telefona, culpa-me por eu estar chateada, e me acusa de não ter sido amável quando você finalmente entra por aquela porta! Por que simplesmente não se vira e volta para qualquer que seja o lugar de onde veio, para onde esteve a noite toda?

Tom (acalmando): (R) Olha, eu sei que está chateada, e tenho um longo dia pela frente amanhã. Que tal eu fazer uma xícara de chá? É do que você precisa. Então tomarei um banho e virei para a cama. Está certo?

Mary (chorando): (V) Você simplesmente não compreende o que é esperar e esperar, sabendo que você poderia telefonar mas não telefona, porque não sou tão importante assim para você. . .

 

Paremos por aqui. Provavelmente, como dá para perceber, esses dois poderiam continuar intercambiando posições no triângulo resgatador-perseguidor-vítima por muitas horas ou dias ou anos. Se você se encontra reagindo a qualquer coisa dita ou feita por outra pessoa em uma dessas posições, cuidado! Está participando de um ciclo interminável e sem sentido, que é fútil e degradante. Pare. Deixe de tentar fazer com que as coisas saiam como quer, sendo amável, zangada ou dando uma de desamparada. Modifique o que você pode, ou seja: modifique-se! Pare de precisar ganhar. Pare até de precisar brigar, ou de forçá-lo a dar um bom motivo ou uma boa desculpa por seu comportamento ou negligência. Pare de precisar que ele se desculpe.

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